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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Carta à Europa



Às vezes te sinto tão próxima de mim
Quente, queima.
E é tão bom, sabe?
Só que, como o efeito de uma droga que passa
em cinco minutos já não consigo ver-te a olho nu!
Frio, queima.

Compro telescópios
Crio uma nave espacial
Não consigo
Não te enxergo.
Fracasso.
Desisto.

Mas como todo ciclo no universo
Te encontro em minha órbita anos luz depois.
Como quem não quer nada
Te encontro em minha rua sorrindo.
Resisto.
Fracasso.

Por que você não vai?
Se exploda!
Por que você não vem?
Ei, me exploda!
Por que você não fica?
Vamos explodir tudo!

Big bang boom!

Jhonny Verline/Rodrigues.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Eu e a madrugada

Sou amante das madrugadas da vida.
Do mundo, 
quando todos "eles" dormem.
Sonhos meus
e pesadelos até
Dançam entre as poltronas vermelhas de um teatro imaginário
construído na mais pura perfeição e detalhe
do pó da minha psicodelia.
Que escondida durante todo o dia
– Temendo olhos, ouvidos e olfatos
incapazes de sentirem qualquer coisa que ela venha mostrar –
toca todos os instrumentos de vida e morte.
E a madrugada aprecia, aplaude. 
pede mais...
E a madrugada
que é dos tolos
loucos, putas, poetas, bêbados e sonâmbulos
escuta e entende.

Rodrigues.