Páginas

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Morenas

Donas de uma cor de pele quente
Que não nos despertam apenas vontade
E faz de bobo nós 
reféns obedientes.

Vai além da carne
Muito além de um desejo indecente.
São rosto e corpo da mais bela vaidade 
São tudo que não digo por faltar palavras diligentes.

Rodrigues.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Lampejo



Eu odeio o amor que sinto pelas complicadas
Acho que teria menos cabelos brancos
Talvez a tendência seja recorrer à essas burradas
Acho que seria muita coisa para pouca cangalha.

Minha clara, minha tara
Bala de minha arma 
Te atiro e te admiro
Mas o tiro me acerta em cheio a cara.

Eu odeio o amor que sentes pelos culpados
Acho que terias menores marcas na alma
Talvez a tendência seja recorrer aos inocentes
Acho sinceramente que alguém vai se dar mal.

Minha bela, minha fera
Tutela de minha cautela
Te engano e fujo
Me perco e volto.

Rodrigues.

domingo, 8 de abril de 2012

E a Fé?



Você pensa com que rosto irá amanhã de encontro ao dia
decidirá quando acordar.
Mas conversando com o espelho 
se sente tão... indiferente.

Ele sabe todas as respostas
Até aquelas que você não se atreve sequer a dizer em voz alta.
Por que não contar sobre os seus medos?
Sentir o cheiro de tais receios.

Você se maltrata tanto a ponto de não querer dormir
pois os pesadelos são horríveis!
O seu dia mais feliz 
dura até as ruas da cidade ficarem escuras e quase desertas.

E a coragem vai embora com as luzes dos cômodos.
Cadê?

Rodrigues.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Estradar

Meus pés
gastos
cansados 
e doloridos.

Minha dor
só minha.
Minha estrada
minhas escolhas.

E as placas que não prestei atenção no caminho
O que elas queriam me dizer afinal?
Será que em algo mudaria?

Minha dor
só minha.
Minha estrada 
minhas consequências.

Até aonde consigo enxergar
há um chão imenso.
E enquanto houver estrada
Ei de caminhar.

Rodrigues.