"Escrever é que é o verdadeiro prazer. Ser lido é um prazer superficial." Virginia Woolf
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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
Matilda
Amo essa tua coisa meiga e maliciosa
A boa e a má num só copo de conhaque.
Tu se apressa tanto em me ter tão cedo e bêbado
Que eu, de tolo, nem me faço de direito...
Oh! Ressaca sem jeito!
Rodrigues.
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Às vezes isso fecha meus olhos
Conheço tuas boas
e más intenções.
Só o teu gosto
que ainda não tenho em minha boca.
Só o teu cheiro
que ainda não tenho em meus lençóis.
Só você
que ainda não tenho aqui comigo.
Rodrigues.
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
O primeiro da série rascunhos: Queria que você estivesse aqui.
ensurdecedor.
Enquanto o mundo inteiro dorme
silêncio, silêncio.
Acordo em meu eu interior
incrivelmente louco.
Faminto e sem controle
te encontro.
Em algum lugar do meu corpo
que dorme
que dorme
te encontro.
E meu grito enfim acerta-te em cheio!
Encontra-te em forma de sussurro
em forma de sussurros.
O que você está fazendo?
No que está pensando?
Sei que seus pensamentos estão comigo agora
Mas quero ouvir sua voz dizendo tudo baixinho em meu ouvido.
Passam horas e minutos
passam os segundos e os segredos.
passam os segundos e os segredos.
Acordo com o mundo e me perco da tua cama.
Acabou?
Saiba que me encontrará quando sozinha estiver
em todas as noites aonde o silêncio será quebrado
pelos nossos gritos, gemidos e sussurros
guardados
gravados
gravados
Disfarçados em cada faixa daquele disco.
Jhonny Verline/Rodrigues.
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
Amantes Perfeitos
Dançavam enquanto transavam
ao ritmo de uma cidade que não para.
E naquelas curtas longas horas
O relógio era apenas objeto de decoração.
No esconderijo perfeito
Um "big bang" se formava ganhando trajes nada metódicos.
Mas após um novo mundo criado
Voltavam obrigados à realidade crua.
Rodrigues.
Rodrigues.
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
Eles entre os outros
E naquela selva cinza
Onde os outros não tinham sequer tempo para sonhar
Eles caminhavam de mãos dadas
Colorindo aquela cidade pálida e agitada.
Tão ricos, que para os outros, pobres
Tão lúcidos, que para os outros, loucos
Tão sóbrios, que pra os outros, ébrios
Tão vivos, que para os outros, mortos.
Rodrigues.
Rodrigues.
domingo, 23 de setembro de 2012
Perigosamente Encantadota
Claramente sedotora
Incansavelmente perfecionista
Oh! Proeminente pecadora
Coitados são teus pobres
e fieis amantes.
Rodrigues.
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
Roupas sujas que preciso lavar
Minha rua é um inferno de concreto, asfalto, poeira e veículos.
E minha mente...
Ah, minha mente é um quarto bagunçado
Cheio de roupas espalhadas pelos cantos.
Rodrigues.
Rodrigues.
Da série: Pessoa(s), três: Escuta-se!
Mas moça
se estais assim
tão cheia de pessoas passageiras
tão cheia de pessoas passageiras
Por que diabos não se enche disso de uma vez por todas?
Rodrigues.
terça-feira, 4 de setembro de 2012
Da série: Pessoa(s), dois.
Eram dois seres em um só
Mas eram apenas um meio
Um meio homem com meios sonhos e meias palavras
Em um meio caminho andado.
Rodrigues.
Rodrigues.
domingo, 5 de agosto de 2012
domingo, 29 de julho de 2012
Descansa em Paz
O poeta morreu!
Brigou com as palavras
desistiu de tudo
e se escafedeu.
Desceu pelas escadas
do mundo que ele mesmo teceu.
Mas após algum tempo escondido
na ignorância
no egoísmo
na vida real.
Pela estrada vagando
uma moça o reconheceu.
E foi então que ele percebeu
que já era tarde demais
para esquecer tudo o que aprendeu.
Rodrigues.
domingo, 1 de julho de 2012
segunda-feira, 25 de junho de 2012
Paciente
Dizem que os primeiros dias
são os piores dias.
Mas até que estou indo muito bem.
Talvez se acreditasse que estou louco
Seria essa loucura real?
Dizem que o meu caso
é caso sério.
Mas a sério nunca levei nada.
Talvez se eu aceitasse que estou louco
Seria essa loucura real?
Rodrigues.
sexta-feira, 27 de abril de 2012
Morenas
Donas de uma cor de pele quente
Que não nos despertam apenas vontade
E faz de bobo nós
reféns obedientes.
Vai além da carne
Muito além de um desejo indecente.
São rosto e corpo da mais bela vaidade
São tudo que não digo por faltar palavras diligentes.
Rodrigues.
Rodrigues.
terça-feira, 24 de abril de 2012
Lampejo
Eu odeio o amor que sinto pelas complicadas
Acho que teria menos cabelos brancos
Talvez a tendência seja recorrer à essas burradas
Acho que seria muita coisa para pouca cangalha.
Minha clara, minha tara
Bala de minha arma
Te atiro e te admiro
Mas o tiro me acerta em cheio a cara.
Eu odeio o amor que sentes pelos culpados
Acho que terias menores marcas na alma
Talvez a tendência seja recorrer aos inocentes
Acho sinceramente que alguém vai se dar mal.
Minha bela, minha fera
Tutela de minha cautela
Te engano e fujo
Me perco e volto.
Rodrigues.
domingo, 8 de abril de 2012
E a Fé?
Você pensa com que rosto irá amanhã de encontro ao dia
decidirá quando acordar.
Mas conversando com o espelho
se sente tão... indiferente.
Ele sabe todas as respostas
Até aquelas que você não se atreve sequer a dizer em voz alta.
Por que não contar sobre os seus medos?
Sentir o cheiro de tais receios.
Você se maltrata tanto a ponto de não querer dormir
pois os pesadelos são horríveis!
O seu dia mais feliz
dura até as ruas da cidade ficarem escuras e quase desertas.
E a coragem vai embora com as luzes dos cômodos.
Cadê?
Rodrigues.
quinta-feira, 5 de abril de 2012
Estradar
Meus pés
gastos
cansados
e doloridos.
Minha dor
só minha.
Minha estrada
minhas escolhas.
E as placas que não prestei atenção no caminho
O que elas queriam me dizer afinal?
Será que em algo mudaria?
Minha dor
só minha.
Minha estrada
minhas consequências.
Até aonde consigo enxergar
há um chão imenso.
E enquanto houver estrada
Ei de caminhar.
Rodrigues.
Rodrigues.
sábado, 25 de fevereiro de 2012
Os Cortes
Esse meu jeito maluco
é suicida!
E me atira ao mar
sem medir alturas.
Nem sequer faz perguntas
Não quer saber onde pisa.
Tortura feridas já cascudas
Brincando com a dor.
Rodrigues.
E me atira ao mar
sem medir alturas.
Nem sequer faz perguntas
Não quer saber onde pisa.
Tortura feridas já cascudas
Brincando com a dor.
Rodrigues.
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
Seis e Meia
Na volta pra casa
após horas perdidas.
Vejo o dia amanhecer da rua
ao som de Stone Temple Pilots.
Mãos no bolso
caminho pelas calçadas.
Sinto o cheiro da madrugada
que tem gosto de pão assando.
A cidade preguiçosa
ainda teima em acordar.
E os carros também sonham
em suas garagens desconhecidas.
Rodrigues.
Vejo o dia amanhecer da rua
ao som de Stone Temple Pilots.
Mãos no bolso
caminho pelas calçadas.
Sinto o cheiro da madrugada
que tem gosto de pão assando.
A cidade preguiçosa
ainda teima em acordar.
E os carros também sonham
em suas garagens desconhecidas.
Rodrigues.
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